Ansiedade: o que é e como ela pode afetar sua vida?

Ansiedade: o que é e como ela pode afetar sua vida?

Você já sentiu o coração acelerar do nada? Uma angústia no peito, a respiração curta, como se algo ruim estivesse prestes a acontecer — mesmo que, aparentemente, tudo estivesse bem?

Talvez você esteja vivendo isso com frequência e já até se acostumou com a ideia de que “é assim mesmo”. Mas deixa eu te contar uma coisa importante: não precisa ser assim.

A ansiedade é uma reação natural do nosso corpo diante de situações que envolvem incerteza, medo ou expectativa. Todo mundo sente ansiedade em algum momento da vida. Antes de uma prova, de uma entrevista, de uma conversa importante. Até aí, tudo certo.

O problema é quando essa ansiedade começa a aparecer fora de hora. Quando ela te impede de dormir, de se concentrar, de aproveitar momentos bons. Quando ela vira companheira diária, silenciosa, mas presente em cada decisão, em cada passo. Aí ela deixa de ser algo passageiro e começa a te paralisar por dentro.

E se você se identificou com isso, eu quero te dizer: você não está sozinho(a).
Mesmo que pareça que ninguém entende, que tudo virou um grande peso, existem caminhos. E sim, existem formas de se sentir melhor.

“Mas por que eu me sinto assim?”

A ansiedade não escolhe idade, profissão ou momento da vida. Ela pode chegar de mansinho ou invadir de repente. Às vezes, ela se esconde atrás de sintomas físicos — dores no peito, falta de ar, tensão muscular, cansaço constante. Em outras, aparece como aquele pensamento acelerado que não dá trégua, aquela necessidade de controlar tudo, aquele medo irracional que insiste em te acompanhar.

E o mais difícil é que, muitas vezes, quem está ao redor não entende. Falam que é “drama”, que é só “nervosismo” ou “coisa da sua cabeça”. Mas você sente que é mais do que isso.

E é. Porque ansiedade não é frescura. É um sinal de que algo dentro de você está pedindo atenção.

Você não precisa dar conta de tudo sozinho(a)

Tem dias que levantar da cama já é um esforço. E mesmo assim, você tenta seguir sorrindo, fingindo que está tudo bem, enquanto por dentro parece que está desmoronando. Eu sei como isso cansa.

Mas a verdade é: você não precisa carregar tudo nas costas. Procurar ajuda não é fraqueza, é coragem. É dar um passo na direção do cuidado com você mesmo(a).

A terapia pode ser esse espaço seguro. Um lugar onde você pode falar sem ser julgado, entender o que está sentindo e encontrar ferramentas para lidar com a ansiedade de forma mais leve e gentil.
É possível viver com mais tranquilidade. É possível sentir alívio.
E você merece isso.


Um convite com carinho

Se esse texto falou com você, talvez seja o momento de olhar com mais atenção para o que você está sentindo. Eu posso te ajudar nesse caminho — com escuta, com respeito e com as ferramentas da Psicologia Cognitivo Comportamental.

Não precisa esperar “piorar” para buscar ajuda. Quanto antes você se cuidar, mais leve pode ser o processo.

No próximo artigo, vamos falar sobre os sintomas da ansiedade — inclusive aqueles que parecem “normais” e que muita gente nem percebe que estão ligados a ela.
Te espero lá. 💛



Fabiana Martins
Psicóloga | CRP 08/41535
Atendimento presencial em Curitiba e online para todo o Brasil
📍 Av. Cândido de Abreu, 526 – Centro Cívico
📞 (41) 98498-4095
📧 psicologa.fabianamartins@gmail.com

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Mãe de Bebê Reborn e o Imaginário Coletivo: Entre o Cuidado e o Julgamento

O que está acontecendo?

Você provavelmente já viu nas notícias, nos programas de TV ou nas redes sociais: mulheres adultas cuidando de bonecos hiper-realistas — os chamados bebês reborn — como se fossem filhos de verdade.

Elas trocam roupinhas, embalam no colo, alimentam com mamadeiras, montam enxovais completos, criam quartinhos temáticos, passeiam com carrinhos de bebê, registram “nascimentos” e celebram aniversários. Em alguns casos, chegam a levar os bonecos ao pronto-socorro ou reivindicar atendimento preferencial em filas — como se fossem mães com bebês reais nos braços.

E então, diante dessa cena, vêm as reações…

Alguns riem da situação.
Outros fazem críticas.
E há quem diga, com tom de julgamento:
“Perdeu o juízo!”
“É falta do que fazer.”
“Isso só pode ser coisa de uma sociedade doente.”

Mas… será que é só isso?
E se, por trás desse comportamento, existirem camadas de dor, afeto, solidão e histórias que não conseguimos enxergar?
E se, em vez de rir ou criticar, a gente escolhesse escutar — com mais empatia e menos pressa de concluir?


E onde tudo começa?

Vivemos numa cultura que tem dificuldade de lidar com o que escapa da norma, do que não é facilmente compreensível. Ao ver um comportamento que foge do esperado, tendemos a classificá-lo como exagero, loucura ou desequilíbrio. Mas esse tipo de conduta não surge do nada. Não é um capricho isolado, nem uma fantasia boba.

Ao contrário: ela revela algo mais profundo — sobre aquela pessoa e sobre todos nós.

O bebê reborn, nesse contexto, não é apenas um brinquedo. Ele se torna um símbolo. Um espelho. Um canal por onde muitas mulheres — e até homens — elaboram afetos, lidam com perdas, enfrentam vazios ou constroem vínculos que a realidade lhes negou.

Talvez, antes de julgar, seja mais interessante — e mais humano — perguntar: o que esse fenômeno revela sobre nós, como indivíduos e como sociedade?


Entre o cuidado simbólico e o incômodo coletivo

Os bebês reborn surgiram no universo do artesanato e do colecionismo. Com técnicas refinadas, artistas passaram a produzir bonecos com aparência extremamente realista, muitas vezes indistinguíveis de um recém-nascido. Inicialmente, o foco era estético: reproduzir com perfeição os detalhes da pele, o peso, os fios de cabelo implantados um a um e as expressões sutis.

Mas, com o tempo, esses bonecos passaram a ocupar um lugar diferente — mais íntimo, mais emocional — na vida de algumas pessoas. Especialmente mulheres que, ao adotarem esses bebês como parte de suas rotinas, estabeleceram com eles um tipo de vínculo afetivo simbólico.

E é aí que o incômodo coletivo começa a surgir.

Quando uma mulher cuida de um bebê reborn como se fosse um filho de verdade — dá nome, troca fraldas, embala no colo, cria uma rotina de cuidados — algo acontece no imaginário social. Isso mexe. Provoca. Gera reações intensas.

Por quê?

Porque ali, diante daquela cena, se tornam visíveis dores que a sociedade insiste em esconder. O que muitos enxergam como “fuga da realidade” pode ser, na verdade, um pedido silencioso de reconhecimento para vivências profundamente humanas que o mundo não sabe acolher:

  • O luto por um filho que não veio.
  • A ferida da infertilidade ou da perda gestacional.
  • O desejo de maternar que não pôde se realizar.
  • A solidão emocional de quem vive relações fragilizadas ou ausentes.
  • A ansiedade de quem precisa dar forma ao afeto para conseguir respirar melhor.
  • A tentativa simbólica de reparar um trauma não elaborado.

Nesses contextos, o bebê reborn deixa de ser um brinquedo qualquer. Ele se torna uma representação emocional. Uma ponte silenciosa entre o que foi negado e o que se tenta construir.

  • É um corpo simbólico que carrega afetos.
  • É um reflexo material de uma ausência que não encontra palavras.
  • É uma forma de dizer: “isso também importa, mesmo que ninguém veja”.

E é justamente aí que mora o desconforto coletivo.

Para o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, há um nível da psique humana que vai além da experiência individual: o inconsciente coletivo. É como se fosse uma camada profunda da mente onde estão armazenadas memórias, símbolos e imagens universais — que todos nós carregamos, mesmo sem perceber.

Ali vivem arquétipos como o da mãe, da criança, da perda, da cura, do vínculo. Esses símbolos são compartilhados por toda a humanidade e se manifestam de maneira espontânea em sonhos, mitos, arte — e também em comportamentos.

Por isso, quando vemos alguém cuidar de um boneco como se fosse um filho, isso pode ativar, dentro de nós, essas imagens arquetípicas. E se essas imagens estão feridas, negligenciadas ou mal elaboradas em nossa própria história, o incômodo é inevitável.


O que nos incomoda tanto não é o boneco — é o que ele revela sobre nossas próprias dores não resolvidas, nossos vínculos frágeis, nossos silêncios históricos.

Talvez o que nos assuste… seja o espelho.


Quando é hora de buscar ajuda?

Antes de tudo, é fundamental entender que cuidar de um bebê reborn não é, por si só, um sinal de transtorno mental. Muitas pessoas encontram nesses bonecos um espaço simbólico de afeto, acolhimento e até mesmo um modo de ressignificar suas emoções.

Porém, o que realmente merece atenção é quando esse vínculo começa a impedir a pessoa de viver plenamente sua realidade. Isso pode acontecer quando:

  • O cuidado com o reborn leva ao isolamento social, afastando relações humanas reais;
  • O boneco substitui vínculos afetivos verdadeiros e essenciais para o equilíbrio emocional;
  • A pessoa perde a percepção adequada de tempo, espaço ou função, como confundir o mundo simbólico do reborn com o mundo concreto;
  • O apego ao boneco vira uma forma única e exclusiva de lidar com suas emoções, sem buscar outras formas de suporte ou crescimento.

Nessas situações, o bebê reborn deixa de ser um recurso simbólico que ajuda a organizar sentimentos e se transforma em um refúgio absoluto — um mecanismo que pode bloquear o desenvolvimento emocional, a autonomia e o enfrentamento saudável das dificuldades da vida.

Quando isso acontece, o cuidado psicológico se torna fundamental. Mas não com o objetivo de “tirar o boneco” ou “corrigir o comportamento”, e sim para:

  • Escutar o que aquele vínculo representa, as dores e necessidades que estão por trás;
  • Oferecer um espaço seguro para que a pessoa possa expressar sentimentos que talvez nunca tenham sido acolhidos;
  • Ampliar as possibilidades de conexão consigo mesma e com outras pessoas;
  • Construir caminhos para a autonomia emocional e a ressignificação dos vínculos.

Buscar ajuda é um ato de coragem e autocuidado — uma oportunidade para transformar a relação com o próprio sofrimento e encontrar formas mais saudáveis e integradas de viver o afeto, o luto e o desejo de pertencimento.


E quanto aos que exploram a dor?

Não podemos deixar de olhar para um lado sombrio desse fenômeno. Em meio às histórias de afeto e simbolismos profundos, existe também um mercado que se aproveita da vulnerabilidade emocional de muitas pessoas.

Alguns exemplos dessa exploração incluem:

  • Venda de bebês reborn a preços abusivos, muitas vezes promovidos como “exclusivos” ou “únicos”, criando uma lógica de consumo que alimenta expectativas irreais e dificuldades financeiras para quem já está emocionalmente fragilizado;
  • Oferta de “terapias alternativas” ou “tratamentos milagrosos” ligados ao reborn, sem respaldo científico ou ético, prometendo curas para dores profundas ou traumas complexos, desviando as pessoas de cuidados psicológicos adequados;
  • Promoção do boneco como substituto de acompanhamento clínico ou psicológico, encorajando o isolamento emocional e a permanência em um sofrimento não elaborado;
  • Uso do reborn em contextos comerciais que banalizam a dor, transformando a experiência simbólica e o sofrimento em mercadoria, sem respeito pelas pessoas por trás dessas histórias.

Essa exploração da dor alheia é uma das faces mais preocupantes do fenômeno, pois desumaniza quem mais precisa de acolhimento e compreensão, agrava o sofrimento, atrasa o acesso ao tratamento adequado e alimenta estigmas sobre saúde mental. É um alerta para que sejamos cuidadosos — como sociedade e como profissionais — para proteger quem está em vulnerabilidade emocional, oferecendo escuta qualificada, suporte ético e caminhos reais de cuidado e superação.


Uma pergunta para fechar: do que esse bebê está cuidando?

Mais do que perguntar “por que alguém cuida de um boneco como se fosse um bebê?”, talvez a questão mais poderosa seja:

Do que esse bebê está cuidando dentro daquela pessoa?

Será que esse reborn está:

  • Protegendo uma memória sensível, uma lembrança que o tempo não apagou, mas que também não cabe em palavras?
  • Preenchendo um vazio silencioso, uma ausência que nunca foi substituída nem compreendida?
  • Aliviando uma dor profunda que não encontrou espaço para ser expressa, que permanece oculta no peito?
  • Oferecendo um colo — mesmo que simbólico — para aquela criança interna que ainda chora, que ainda busca cuidado, aceitação e amor?

Essa pergunta nos convida a ir além do superficial, a mergulhar na complexidade das emoções humanas, que muitas vezes são difíceis de nomear ou entender. Nos lembra que o afeto pode se manifestar de formas variadas, inesperadas, até mesmo desconcertantes para quem observa de fora.

Ao invés de rir, julgar ou atacar, podemos começar a escutar com mais atenção e compaixão.

Porque por trás de cada reborn, existe uma história única — repleta de dores, esperanças, feridas e também de coragem. E por trás de cada história, existe alguém que talvez só precise de:

  • Espaço para existir sem medo de ser incompreendido;
  • Acolhimento que vá além das aparências;
  • Um olhar atento, sem julgamentos, que reconheça sua humanidade em toda sua complexidade.

Essa é a reflexão que fica:

O bebê reborn pode ser um convite para que a sociedade também aprenda a cuidar — não só do outro, mas das próprias feridas que insiste em esconder.

Se você se identificou com esse tema, sente que pode estar vivendo algo parecido ou simplesmente quer entender melhor as complexidades do afeto humano, saiba que buscar ajuda é um ato de coragem e cuidado consigo mesmo.

O bebê reborn, mais do que um objeto, é um símbolo de histórias e sentimentos que merecem ser acolhidos com respeito e empatia.

Se quiser conversar, refletir ou aprofundar esse tema, estou à disposição para ajudar você a cuidar dessas emoções.

Preparação para o Vestibular: Como Mindfulness Alivia a Ansiedade do Adolescente

O vestibular e o Enem são marcos importantes na vida dos adolescentes, representando não apenas a conclusão de um ciclo acadêmico, mas também uma transição para uma nova fase. No entanto, esta etapa pode se tornar uma grande fonte de ansiedade e estresse, especialmente diante da pressão para obter um bom desempenho e da incerteza profissional. Muitos jovens se manifestam sobrecarregados emocionalmente, comprometendo sua saúde mental, o foco nos estudos e até sua autoestima.

Nesse contexto, o mindfulness se destaca como uma prática útil para a regulação emocional e o enfrentamento da ansiedade no vestibular. Ao trazer a atenção para o momento presente, sem julgamentos ou preocupações excessivas com o futuro, essa abordagem contribui para reduzir o estresse, melhorar a concentração nos estudos e promover um estado de equilíbrio mental. Além disso, estudos demonstram que a prática regular de atenção plena pode fortalecer a resiliência emocional, ajudando os vestibulandos a lidarem de forma mais saudável com os desafios dessa fase.

O que é Mindfulness?

Mindfulness, ou atenção plena, é uma prática que envolve intencionalmente a atenção para o momento presente, com curiosidade e sem julgamentos (Kabat-Zinn, 1990). Mais do que uma simples técnica de meditação, trata-se de um treinamento da mente para desenvolver maior consciência emocional, sem se deixar dominar por preocupações com o futuro ou arrependimentos do passado.

Benefícios do Mindfulness para Vestibulandos e Estudantes do Enem

A prática de mindfulness oferece benefícios essenciais para jovens que estão se preparando para provas importantes como o vestibular e o Enem. Ao incorporar essa estratégia na rotina, os estudantes podem:

Reduzir a Ansiedade – O mindfulness para ansiedade ajuda a diminuir a resposta de “luta ou fuga” do corpo, aliviando sintomas como coração acelerado, insônia e tensão muscular.

Melhorar o Foco e a Concentração nos Estudos – O treinamento da atenção plena potencializa a memória e a capacidade de manter o foco nas tarefas, tornando o estudo mais produtivo.

Aumentar a Resiliência Emocional – Ajuda o estudante a lidar com as emoções de forma equilibrada, evitando a procrastinação nos estudos e o desânimo.

Regular o Estresse – Crie momentos de pausa consciente ao longo do dia ajuda a reduzir o impacto da carga emocional da rotina de estudos.

Como a Ansiedade Afeta ou o Cérebro do Vestibulando?

A ansiedade no vestibular pode impactar diretamente as áreas do cérebro responsáveis ​​pela tomada de decisões, memória e controle emocional. Durante períodos de alta tensão, a amígdala cerebral — região associada ao medo e à resposta ao estresse — se torna hiperativa. Isso faz com que o estudante se sinta constantemente em alerta, dificultando a concentração e aumentando a sensação de sobrecarga mental.

Além disso, a ansiedade aumenta a produção do hormônio cortisol, o chamado hormônio do estresse . Quando o nível de cortisol permanece elevado por muito tempo, pode afetar aspectos do sistema imunológico, do sono e até do desempenho acadêmico.

Como Mindfulness Influencia os Hormônios do Estresse e Bem-Estar?

A prática regular de mindfulness não apenas reduz o cortisol, mas também estimula a liberação de serotonina , neurotransmissor associado ao bem-estar emocional . Com isso, o estudante experimenta:

🔹 Menos sintomas de ansiedade e estresse
🔹 Melhoria no humor e na motivação para estudar
🔹 Maior equilíbrio emocional e autoconfiança

Conclusão

A preparação para o vestibular e o Enem pode ser um período desafiador para os adolescentes, mas o mindfulness surge como uma ferramenta essencial para melhorar a saúde mental do estudante, promovendo mais foco, controle emocional e bem-estar. Além de ajudar a reduzir o estresse pré-vestibular, a atenção plena contribui para um desempenho mais equilibrado e eficaz.

Se você é estudante ou pai de um adolescente que está se preparando para o vestibular, considere o mindfulness para ansiedade pode ser um diferencial para garantir mais confiança e tranquilidade nessa fase.